sexta-feira, 19 de junho de 2009

Epopeia do Desamor



Roxos fragmentos transparecem súbitos
em redoma flamejante de sangue solar.
O coração de tristes cordas
sonha altíssimo em notas de areia densa,
pelos recantos mais ocultos da mente ou das minhas botas.

Atam nós de marinheiro pela superfície arenosa
e, salta nos meus olhos uma onda quimérica,
Tsunami dos confins, do aquém e além-mar dos delfins.

Ampliam braçadas, troam palavras calcinadas do degredo ao sul
só para ser semente no teu deserto,
onde meu trilho grava teu rasto…
… ao longe oiço teu desamar.

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